quinta-feira, 29 de maio de 2014

SISTEMAS ESPECIALISTAS

Introdução a sistemas baseados em conhecimento (Sistemas Especialistas)
           
            Hoje, muito se fala sobre a expressão inteligência artificial que está associada, frequentemente, ao progresso de sistemas especialistas. Estes sistemas fundamentado em conhecimento, construídos, especialmente, com regras que reproduzem o conhecimento do expertise, são empregados para esclarecer determinados empecilhos em domínios específicos. A área médica, desde o início das pesquisas, tem sido uma das áreas mais beneficiadas pelos sistemas especialistas, por ser considerada detentora de problemas clássicos possuidores de todas as peculiaridades necessárias, para serem instrumentalizados por tais sistemas, mas com o passar do tempo outras áreas do conhecimento humana começaram a usufruir destes tipos de  sistemas, tais como, as áreas tecnológicas voltadas para as engenharias.
            Bem como nos dias atuais os sistemas especialistas tornaram-se realidade, sob a forma de sistemas interativos que respondem questões, solicitam e fornecem esclarecimentos, fazem recomendações, e geralmente auxiliam o usuário orientando-o no processo de tomada de decisão, ou seja, simulam o raciocínio humano fazendo inferências, julgamentos e projetando resultados.
           Assim, usuários e sistema caminham juntos, perguntando e fornecendo informações um ao outro, até a completa solução do problema analisado.

Os Sistemas Especialistas

            Segundo FEIGENBAUM (1977), são sistemas que solucionam problemas que, normalmente, apenas pessoas especialistas conseguem resolver (solucionar). Bem como, pode-se caracterizá-los como sendo programas (softwares) de computadores que analisam situações problemáticas, ou dificuldades, em determinado ambiente e buscam a melhor forma de eliminar tais problemas, projetando o raciocínio de um expertise e aplicando conhecimentos específicos e inferenciais.
            Para que um sistema seja abalizado especialista, “alguns componentes são essenciais para sua caracterização, são eles:” Farreny (1985).
§     Uma Linguagem de expressão dos conhecimentos fornecidos pelos especialistas.
§     Uma Base de Conhecimentos, para armazenar o conhecimento específico de uma determinada aplicação, que pode ser diretamente fornecida por um especialista ou acumulado pelo sistema ao fim dos experimentos.
§     Um Motor de Inferência programa relativamente geral que explora o conhecimento da base precedente, considerando-a como fonte de informações (Assim, suscetível a mudanças).
            A tecnologia empregada para o aperfeiçoamento dos Sistemas Especialistas é designada Engenharia do Conhecimento. Na qual, o “Engenheiro do Conhecimento”, sendo o agente direto pelo desenvolvimento do sistema em um determinado domínio, precisará contrair pelo meio de pesquisas e entrevistas com especialistas o máximo possível de conhecimento do domínio e traduzir essas informações para um formato que possa ser reconhecido pelo computador. Esta fase é denomina de “Aquisição de Conhecimento”.

Classificação dos Sistemas Especialistas
            Conforme o departamento de Informática da Universidade de Maringá (UEM)
            Podemos classificar os Sistemas Especialistas quanto às características do seu funcionamento. De um modo geral, tais categorias são:

·  Interpretação São sistemas que inferem descrições de situações à partir da observação de fatos fazendo uma análise de dados e procurando determinar as relações e seus significados. Devem considerar as possíveis interpretações, descartando as que se mostrarem inconsistentes.
·  Diagnósticos São sistemas que detectam falhas oriundas da interpretação de dados. A análise dessas falhas pode conduzir a uma conclusão diferente da simples interpretação de dados. Detectam os problemas mascarados por falhas dos equipamentos e falhas do próprio diagnóstico, que este não detectou por ter falhado. Estes sistemas já têm embutidos o sistema de interpretação de dados.
·  Monitoramento Interpreta as observações de sinais sobre o comportamento monitorado. Tem de verificar continuamente um determinado comportamento em limites preestabelecidos, sinalizando quando forem requeridas intervenções para o sucesso da execução. Um sinal poderá ser interpretado de maneiras diferentes, de acordo com a situação global percebida naquele momento, e a interpretação varia de acordo com os fatos que o sistema percebe a cada momento.
·  Predição A partir de uma modelagem de dados do passado e do presente, este sistema permite uma determinada previsão do futuro. Como ele baseia sua solução na análise do comportamento dos dados recebidos no passado, de ter mecanismos para verificar os vários futuros possíveis, a partir da análise do comportamento desses dados, fazendo uso de raciocínios hipotéticos e verificando a tendência de acordo com a variação dos dados de entrada.
·  Planejamento Neste caso, o sistema prepara um programa de iniciativas a serem tomadas para se atingir um determinado objetivo. São estabelecidas etapas e subetapas e, em caso de etapas conflitantes, são definidas as prioridades. Possui características parecidas com o sistema para a predição e normalmente opera em grandes problemas de solução complexa. O princípio de funcionamento, em alguns casos, é por tentativas de soluções, cabendo à análise mais profunda ao especialista que trabalha com esse sistema. Enfocam os aspectos mais importantes e particionam de maneira coerente um problema em subproblemas menos complexos, estabelecendo sempre o relacionamento entre as metas destes subproblemas e a meta principal.
· Projeto Este sistema tem características parecidas com as dos planejamentos, e devem-se confeccionar especificações tais que sejam atendidos os objetivos dos requisitos particulares. É um sistema capaz de justificar a alternativa tomada para o projeto final, e de fazer uso dessa justificativa para alternativas futuras.
· Depuração Trata-se de sistemas que possuem mecanismos para fornecerem soluções para o mau funcionamento provocado por distorções de dados. Proveem, de maneira automática, verificações nas diversas partes, incluindo mecanismos para ir validando cada etapa necessária em um processo qualquer.
·  Reparo Este sistema desenvolve e executa planos para administrar os reparos verificados na etapa de diagnóstico. Um sistema especialista para reparos segue um plano para administrar alguma solução encontrada em uma etapa do diagnóstico. São poucos os sistemas desenvolvidos, porque o ato de executar um conserto em alguma coisa do mundo real é uma tarefa complexa.
·  Instrução O sistema de instrução tem um mecanismo para verificar e corrigir o comportamento do aprendizado dos estudantes. Normalmente, incorporam como subsistemas um sistema de diagnóstico e de reparo, e tomam por base uma descrição hipotética do conhecimento do aluno. Seu funcionamento consiste em ir interagindo com o treinando, em alguns casos apresentando uma pequena explicação e, a partir daí, ir sugerindo situações para serem analisadas pelo treinando. Dependendo do comportamento deste, se vai aumentando a complexidade das situações e encaminhando o assunto, de maneira didática, até o nível intelectual do treinamento.
· Controle É um sistema que governa o comportamento geral de outros sistemas (não apenas de computação). É o mais completo, de um modo geral, pois deve interpretar os fatos de uma situação atual, verificando os dados passados e fazendo uma predição do futuro. Apresenta os diagnósticos de possíveis problemas, formulando um plano ótimo para sua correção. Este plano de correção é executado e monitorado para que o objetivo seja alcançado.
Exemplo de aplicabilidade de um Sistema Especialista (Estudo de Caso)
            Conforme exposto pelo Site da ABEPRO (Associação Brasileira de Engenharia de Produção), toma-se como exemplo de um Sistema Especialista:
            “O sistema SEGRED
            Originado de uma parceria entre o LASHIP/UFSC e FINEP, SCGAS, Petrobras e TBG, o projeto SEGRED aborda a modelagem da dinâmica de redes de gás natural e a implementação de heurísticas relacionadas às práticas de manutenção das estações de entrega, de redução de pressão e de medição de gás natural. A primeira fase do projeto, de 2001 a 2003, abordou o desenvolvimento de um protótipo de sistema especialista para analisar a viabilidade do projeto, para servir como ferramenta de validação do conhecimento adquirido e para auxiliar na aquisição de outras regras e futuras implementações. Os resultados desta primeira etapa, apresentados no artigo de Silva e Porciúncula (2003), receberam menção honrosa na área de Logística e Planejamento no congresso Rio Pipeline Conference & Exposition 2003. Atualmente, o SEGRED encontra-se em sua segunda fase, que visa a ampliação da sua base de conhecimento e do trecho da rede de gás modelado.
            O objetivo final deste projeto é o desenvolvimento um ambiente computacional de suporte à operação e manutenção de redes de distribuição e transporte de gás natural, usando uma combinação entre técnicas de sistema especialista, por meio de conhecimento heurístico sobre o funcionamento das redes de gás natural com seus componentes, simulação do comportamento dinâmico da rede. Por automatizar estas operações, o SEGRED busca atuar diretamente na redução do tempo de resposta da equipe de manutenção para os problemas que podem ser identificados ou diagnosticados pelo sistema, como consumo de gás excessivo para o tamanho da rede e falhas em válvulas de redução de pressão. As características básicas pretendidas ao SEGRED são (SILVA; PORCIÚNCULA, 2003):
ü  Análise do estado operacional da rede.
ü  Diagnóstico de falhas e geração de recomendações de manutenção.
ü  Prognóstico do comportamento da rede, usando cálculos matemáticos.
            As redes de distribuição são compostas basicamente por estações de redução de pressão (ERP), estações de redução de pressão e medição (ERPM), e válvulas de bloqueio instaladas em pontos estratégicos. O seu estado operacional é determinado por vários parâmetros e variáveis de processo, que devem ser monitorados e analisados periodicamente. Para o sistema, as variáveis de processo analisadas são pressão, vazão e temperatura do gás, enquanto os parâmetros referem-se aos ajustes usados nas válvulas das estações (CASTELANI et al, 2002).

Considerações Finais
            Apresentou uma visão geral da Inteligência Artificial através da evolução histórica e dos avanços tecnológicos devido a sua utilização. Foram destacadas no texto as características do comportamento inteligente e realizada uma comparação entre a Inteligência Artificial e a Inteligência Humana. Para exemplificar o conteúdo foi apresentado um estudo de caso de aplicação na prática de um Sistema de Inteligência Artificial em determinada área de conhecimento.
            Os Sistemas Especialistas podem ser utilizados também para auxiliar tomadas de decisão gerenciais, e até mesmo dar soluções a problemas complexos tais como demonstrados no estudo de caso citado neste artigo.


UNI
FONTES:
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010019651997000100006&script=sci_arttext>. Acesso em: 27/05/2014 às 17:42min.

Disponível em: <http://www.oocities.org/taxonomia_ucb/sistemas_especialistas.html>. Acesso em: 27/05/2014 às 17:32min

Disponível em: <http://www.din.uem.br/ia/especialistas/classifi.html>. Acesso em: 28/05/2014 às 15:24min.

Disponível em: <http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2004_enegep0608_1832.pdf>. Acesso em: 28/05/2014 às 13:10min.

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